Passear com o cachorro é uma atividade essencial para a saúde física e mental do pet. Mas para alguns cães e tutores, a ideia de sair de casa ainda gera insegurança e muitas dúvidas.
É o seu caso? Então chegou a hora de deixar esse medo para trás.
Com a ajuda do médico-veterinário Daniel Svevo (CRMV 21554 SP), especialista em comportamento animal, reunimos tudo o que você precisa saber para passeios tranquilos. Confira!
6 dicas para passear com o cachorro de maneira segura
1. Acostume seu cão a usar a coleira
A primeira dica para um passeio seguro é o uso de uma coleira confortável. A escolha vai depender do temperamento e porte do seu pet.
Em geral, a coleira peitoral é a mais indicada para os pets de pequeno e médio porte, mas existem outras opções interessantes para cães agitados, como as coleiras anti-puxões.
O grande segredo, no entanto, é deixar o seu cão confortável com o acessório antes de sair para a rua.
Para essa adaptação, estimule o uso da coleira em casa. Coloque algumas vezes antes do passeio, brinque e interaja até que ele fique confortável em se locomover com ela.
Depois, escolha locais seguros, como jardins e áreas comuns do seu prédio, para um passeio experimental. Assim, você descobrirá como o animal se comporta com a presença de novos elementos na rotina.
Neste vídeo, Luiza Cervenka ensina o passo a passo para conduzir esse processo:
2. Sempre tenha um petisco a postos
Os primeiros passeios fora de casa podem ser confusos para os cachorros. Afinal, há uma série de estímulos que ele não conhece e não sabe como lidar.
Barulhos, novas pessoas e animais acabam distraindo e até colocando o pet em risco. Para recuperar a atenção do animal, chame-o pelo nome ou por uma palavra de segurança. Em seguida, faça carinhos e ofereça os seus petiscos prediletos.
Dessa forma, você conseguirá deixar o animal mais calmo e seguro — algo essencial para continuar a caminhada ou retornar para casa em segurança.
3. Defina a duração do passeio
O tempo de passeio com os cães pode variar conforme as necessidades do animal ou disponibilidade do tutor.
O ideal é que você não tenha pressa. Os cães são animais curiosos que adoram cheirar e investigar os lugares por onde passam. Por isso, tente reservar cerca de 40 minutos a 1 hora para cada passeio.
Se possível, crie uma rotina e passeie sempre nos mesmos horários. Isso facilita a adaptação do pet e o deixa mais tranquilo para brincar e se divertir fora de casa.
4. Fique atento e no comando das ações
Algumas raças costumam ser mais ativas, e em contato com a rua, podem tentar comandar o passeio. Para evitar acidentes, o tutor deve estar sempre atento e no comando das ações.
Especialistas em comportamento animal afirmam que a desatenção confunde e frustra os cães. Isso aumenta as chances de incidentes e dificulta a percepção dos sinais de cansaço ou lesão.
Por isso, preste atenção para evitar que ele acabe se machucando, coma algo desconhecido ou cause problemas.
5. Observe o clima antes do passeio
Crie o hábito de olhar a previsão do tempo antes de definir o horário dos passeios.
Afinal, em dias mais quentes, levar o pet para passear entre às 10h e 16h aumenta as chances de queimaduras nas patinhas, desidratação e até hipertermia.
Em contrapartida, sair enquanto está chovendo também pode não ser uma boa ideia. Se for necessário, lembre-se de proteger o seu animal com uma capa de chuva.
Conheça algumas opções
Qual o melhor horário para passear com cachorro? | |
Pela manhã, até às 10h. | Reduz o estresse durante o dia, melhora a disposição e permite a absorção de vitamina D, necessária para a saúde canina. |
Pela tarde, depois das 16h. | O clima ainda está fresco e pode ser mais fácil encaixar na rotina do tutor. |
Durante a noite, após às 18h. | Para gastar energia, reduzir o estresse acumulado e garantir uma boa noite de sono. |
6. Trabalhe com o medo ou ansiedade do pet
Se o seu cachorro demonstra medo ou ansiedade ao sair de casa, é importante ter paciência e respeitar o seu tempo.
Segundo Daniel Svevo, o processo de adaptação deve ser gradual e sempre associado a experiências positivas:
“Comece devagar, associe cada nova etapa a algo positivo (petiscos, carinho, brincadeira) e respeite o tempo dele. Às vezes, só sair no colo, ou ficar alguns minutos na calçada, já é um ótimo começo. Se a ansiedade for muito intensa, pode ser necessário usar medicação para que o cão consiga se beneficiar do treino.”
Mas atenção: nunca ofereça medicamentos por conta própria! Apenas um veterinário pode indicar a melhor abordagem e, se for o caso, prescrever o tratamento adequado.
7. Seu cão é reativo? Preveja e evite situações de estresse
Alguns cães reagem a barulhos, cheiros e a presença de outros animais ou pessoas com mais intensidade. A reatividade costuma ser uma resposta ao medo, estresse ou insegurança diante de estímulos que o pet não sabe como lidar.
Se este é o caso do seu animal de estimação, o veterinário orienta:
“Evite forçar o contato com o estímulo que desencadeia a reação e busque manter distância segura. Escolha rotas mais calmas, leve petiscos que ele adore e treine exercícios de recompensa quando ele te olhar ou mantiver o foco em você.”
Lembre-se que agir dessa maneira não significa que o seu cachorro está sendo mal-educado. Segundo Daniel:
“O ponto não é corrigir o latido ou o rosnado, mas ajudar o cão a se sentir seguro. E, em muitos casos, o acompanhamento de um profissional faz toda a diferença.”
8. Procure ajuda de um especialista
Se sua rotina for corrida e não sobrar tempo para passear com o pet, procure a ajuda de um dog walker.
Esses profissionais são treinados para conduzir os passeios de forma segura, respeitando o perfil, as necessidades e o ritmo de cada animal. Assim, seu cachorro não ficará sem os passeios diários.
Por que passear com o cachorro é importante?
Já imaginou ficar o dia inteiro em casa, em um espaço limitado e com poucos estímulos para se entreter enquanto as horas passam?
Passear com o cachorro serve exatamente para quebrar essa rotina monótona, oferecendo momentos de exercício e descontração que melhoram o bem-estar e qualidade de vida dos cães.
Por isso, a prática é considerada questão de saúde, impactando na:
- Prevenção de doenças, como a obesidade canina, sobrepeso e outras complicações, uma vez que estimula a atividade física do pet.
- Diminuição do estresse, ansiedade, tédio e outros problemas emocionais, ao incentivar o gasto de energia e tempo de qualidade do animal.
- Retardamento dos sintomas da velhice e doenças nos ossos e articulações, por manter o cão ativo.
- Socialização do pet, que aprenderá a conviver com outros animais e seres humanos, evitando medo excessivo.
Passear com o cachorro também faz bem para o tutor
É isso mesmo! Além de oferecer todos esses benefícios aos cães, um estudo publicado pela Plos One mostrou que passear com cachorro reduz os riscos de problemas físicos e cognitivos em tutores idosos.
Segundo a pesquisa, os responsáveis por cães são quatro vezes mais propensos a cumprir as diretrizes de atividade física recomendadas — o que reduziu o aparecimento desses sintomas em até 10%.
Além disso, a Universidade da Carolina Oriental provou que a caminhada com cães aumenta a adesão da prática de exercícios. Em geral, os tutores mal sentiam que estavam se exercitando durante o período.
3 dúvidas comuns envolvendo o passeio com cachorro
1. Qual a frequência ideal de passeios?
Se o seu cachorro pudesse responder, ele provavelmente diria “quanto mais, melhor”! Mas nós sabemos que nem sempre é fácil encaixar os passeios na rotina.
Para a especialista Luiza Cervenka, o ideal é levar o cachorro para passear ao menos duas vezes ao dia.
O passeio deve ser ainda mais frequente para os pets que só fazem xixi fora de casa. Neste caso, tente levá-lo três ou quatro vezes para evitar problemas no trato urinário.
2. É melhor alimentar o cachorro antes ou depois do passeio?
O ideal é que o seu pet coma após passear, já que a caminhada logo depois da refeição pode causar problemas de digestão.
No entanto, comer imediatamente após o passeio também não é indicado. Se o seu pet ainda estiver agitado, poderá se alimentar rápido demais e acabar regurgitando a ração.
De maneira geral, respeite o intervalo de trinta minutos entre a alimentação e o passeio.
3. Quando o filhote pode passear?
Em geral, os filhotes de cachorro podem começar a passear entre os 4 e 5 meses de idade. A resposta final vai depender do calendário de vacinação do seu pet.
É imprescindível que os passeios só aconteçam após as três doses de vacina polivalente + antirrábica. Além disso, a vermifugação e a proteção contra ectoparasitas também são aconselhadas.
Lembre-se que o sistema imunológico do filhote ainda está se desenvolvendo, e a exposição a ambientes diferentes, com trânsito de outros animais e pessoas, pode levar à infestação de parasitas.
Depois desse período e com todos os cuidados providenciados, seu pet estará preparado para o primeiro passeio.
5 itens essenciais para levar no passeio
Para garantir um passeio seguro e divertido, não se esqueça de levar:
- Coleira peitoral e guia reforçadas, adequadas ao porte do animal.
- Plaquinha com dados de identificação em caso de fuga.
- Cata-caca e saquinhos para recolher as fezes do cachorro.
- Garrafinha ou bebedouro portátil para manter a hidratação do pet.
- Higienizador de patinhas para limpeza depois do passeio.
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