Muito conhecida, a sarna é um problema de pele que pode acometer cães, gatos e humanos, sendo que um dos seus sintomas mais populares é a coceira. Entretanto, você sabe quais são os tipos, sinais e como tratar essa enfermidade? Continue a leitura e descubra!
O que é sarna?
Causada por diferentes tipos de ácaros, a sarna é uma doença de pele que pode acometer cães e gatos, causando variados sintomas, sendo os mais comuns: coceira intensa, feridas e alopécia (queda de pelos) em regiões específicas do corpo.
Apesar de ser popularmente chamada de sarna, é bom entendermos que há mais de um tipo. A seguir, falaremos de quatro: demodécica, sarcóptica (escabiose), otodécica e notoédrica (escabiose felina).
Tipos de sarna: conheça os mais comuns
A sarna é uma das doenças de pele mais comuns em cães e gatos. Ela pode atingir várias partes do corpo, além disso, dependendo do tipo, o tratamento e os sintomas podem ser diferentes. Confira:
Sarna demodécica
Também chamada de sarna negra, a demodécica é originada pelo ácaro Demodex canis. Ela é mais comum em cães pelo fato desses ácaros já estarem presentes em pequenas quantidades na pele, mas a doença surge quando o sistema imunológico do cão apresenta alguma falha, ou o pet entra em contato com uma carga grande de parasitas, e esses se reproduzem de maneira excessiva até que a doença apareça.
É muito comum que alguns cachorros “peguem” a demodécica durante o parto ou na amamentação, caso a mãe esteja infectada.
Diferentemente dos outros tipos, ela não provoca coceira e, inclusive, alguns cães sequer apresentam sinais da doença, enquanto outros exibem feridas e pele mais grossa e escura, o que pode resultar em perda da pelagem no decorrer da vida. Coceiras podem aparecer se houver infecção bacteriana secundária, o que acontece na maioria dos casos.
Sarna sarcóptica
A sarna sarcóptica ou escabiose canina, é a mais comum em cachorros, sendo até mesmo conhecida como “sarna canina”. Ainda assim, ela também pode ser vista em gatos e transmitida para seres humanos (é uma zoonose). Por essa razão, é recomendado utilizar luvas para ter contato físico com um animal infectado.
O ácaro responsável por esse tipo de sarna chama-se Sarcoptes scabiei. A fêmea desse ácaro cava “túneis” na pele dos pets para se alimentar e depositar seus ovos, com isso, ela provoca coceiras exorbitantes que formam crostas na pele, como se fossem cascas.
Sua transmissão pode ser pelo contato direto – animal com animal – ou indireto – objetos ou lugares infectados. Além disso, o cachorro ou gato doente apresenta muita vermelhidão na pele e coceira intensa. Em humanos, ela é popularmente chamada “escabiose”.
Sarna otodécica
Também chamada de otocaríase ou simplesmente “sarna de ouvido”, o tipo otodécica é gerada pelo ácaro Otodectes cynotis, sendo mais popular em gatos do que cachorros. Ela pode ser transmitida pelo contato direto, indireto e por fômites (objetos), também podendo infectar seres humanos – apesar disso ser raro.
Assim como a sarcóptica, a sarna otodécica provoca coceiras excessivas e inflamação no ouvido, com um acúmulo de material bem escuro na região (parecido com terra).
Sarna notoédrica (escabiose felina)
Por último, a sarna notoédrica, também chamada de escabiose felina, que como o próprio codinome já entrega, afeta mais a população de gatos, mas os cães também podem ser acometidos. Ela é gerada pelo ácaro notoedres cati e também é transmissível para seres humanos por contato direto ou indireto.
Os sinais clínicos mais frequentes da sarna em gatos são lesões eczematosas, crostas de coloração amarela nas regiões da cabeça, orelhas e patas, pele enrugada e escoriações e automutilações.
Sarna humana pega em cachorro e gato?
Causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei, a sarna humana, também conhecida como sarna sarcóptica, é considerada uma zoonose, ou seja, pode ser transmitida para cães e gatos, assim como o contrário pode acontecer.
Essa doença se transmite por contato direto com pessoas, animais, objetos ou roupas contaminadas, podendo ser assintomática ou não. De qualquer forma, ela ainda é transmissível.
Transmissão da sarna: como funciona?
Como vimos, há diferentes tipos de sarnas, cada uma com seus sintomas e modos de transmissão. Portanto, vamos entender como cada uma pode infectar o seu pet para saber como se prevenir:
Sarna demodécica
A sarna demodécica normalmente é transmitida das mães para os filhotes, seja na hora do parto ou da amamentação. Alguns cães também podem apresentar predisposição genética para a doença. Vale ressaltar que ela não é transmissível para humanos.
Sarna sarcóptica (escabiose)
Sua transmissão ocorre por contato direto com objetos infectados, como caminhas, casinhas e cobertores, além de animais contaminados. Por ser uma zoonose, pode ser transmitida de pets para humanos e vice-versa.
Sarna otodécica (sarna de ouvido)
A transmissão da sarna otodécica é bem fácil, já que ocorre por meio de objetos (caminhas e panos, por exemplo) e contato direto com pets infectados. Pode ser transmitida para humanos, caso aconteça o contato direto com a cera do ouvido (cerume) do bichinho.
Sarna notoédrica (escabiose felina)
Assim como em outros tipos de sarna, a escabiose felina é transmitida a partir do contato direto ou por meio de objetos contaminados.
Sintomas de sarna
Os sintomas de sarna variam de acordo com o tipo, por isso, é preciso ficar atento a cada sinal e investigar juntamente com um médico-veterinário. Confira:
Sarna demodécica (sarna negra)
Há duas formas em que a sarna demodécica pode acontecer no seu pet: a localizada e a generalizada. Na primeira, a doença começa com lesões na face, sendo que a segunda já acomete o corpo todo.
Vale ressaltar que as regiões mais comuns em que a sarna negra costuma se manifestar são: olhos, boca, calcanhares, queixo e cotovelos. É possível notar sinais de vermelhidão, infecções, falta de pelo, inchaço, descamação e pele áspera, grossa e com manchas nessas regiões.
Por ter sintomas que podem ser confundidos com outras doenças, é importante que, ao notar qualquer um dos sinais ditos, leve o seu pet ao médico-veterinário para uma avaliação e exames laboratoriais, como o “raspado de pele”, que consegue detectar a presença do ácaro causador da sarna negra.
Sarna sarcóptica (escabiose)
Os sintomas da sarna sarcóptica costumam variar, dependendo da imunidade do pet, mas, em geral, é possível notar coceira intensa, queda de pelo, bolhas, crostas e descamação, principalmente no tórax, abdômen, cotovelos e articulações em geral e bordas das orelhas.
No início da doença, é comum aparecer pequenas lesões avermelhadas e erupções que podem sangrar levemente. Com o tempo, se não tratada, a infestação se espalha, a perda de pelos piora, formam-se crostas e possíveis infecções bacterianas que deixam a pele úmida e com mau cheiro.
Sarna otodécica (sarna de ouvido)
O principal sintoma da sarna otodécica é a coceira intensa no ouvido, acompanhada de um grande acúmulo de cera (cerume). Em casos de irritação prolongada, o pet pode até mesmo se ferir de tanto coçar, além de sofrer com otite e infecções bacterianas secundárias.
Sarna notoédrica (escabiose felina)
A sarna notoédrica começa, geralmente, com pequenas elevações na pele (pápulas) que evoluem para feridas com crostas, principalmente nas bordas das orelhas e na face. Com o avanço da doença, é possível notar vermelhidão, espessamento da pele, queda de pelos em algumas áreas (alopécia) e coceira intensa ao redor das orelhas. Por conta do hábito de lambedura dos bichanos, a escabiose felina ainda pode se espalhar para outras partes do corpo.
Diagnóstico de sarna
A maioria das sarnas podem ser diagnosticadas com raspado de pele, mas, dependendo do tipo, o médico-veterinário poderá solicitar outros exames para o diagnóstico. Confira mais detalhes:
Sarna demodécica
Geralmente, o diagnóstico para a sarna demodécica é feito com base no histórico, sintomas e detecção do ácaro causador por meio de um raspado profundo de pele. Em alguns casos, pode ser necessário uma biópsia da região.
Sarna sarcóptica (escabiose)
O diagnóstico da sarna sarcóptica (escabiose) se dá pela análise da pele do pet, lesões e seu histórico clínico. O médico-veterinário analisará o histórico do ambiente em que o pet vive, seus sintomas e se ele teve contato com outros animais. O profissional também poderá solicitar um raspado de pele e exames adicionais.
Sarna otodécica
Há diferentes maneiras para diagnosticar a sarna otodécica, sendo que as principais são: inspeção com um otoscópio, em que é possível observar os ácaros no ouvido do pet, e a coleta da secreção do ouvido com uma swab para análise no microscópio.
Sarna notoédrica (escabiose felina)
Para o diagnóstico da escabiose felina, geralmente é solicitado o raspado de pele nas áreas mais afetadas, como cabeça, face e orelhas. Outra opção que pode ser pedida pelo médico-veterinário é o uso de fita de acetato e, no caso de áreas difíceis de acessar, como entre os dedos e ao redor dos olhos, o tricograma (análise dos pelos).
Tratamentos para sarna
Como a sarna pode afetar diferentes partes do pet, cada tratamento irá variar conforme o nível da sarna, região em que está e o tipo da doença. O protocolo poderá variar conforme o médico-veterinário avaliar e existência de outras doenças secundárias.
Sarna demodécica
O tratamento indicado pelo médico-veterinário pode incluir o uso de antiparasitários e banhos tópicos com shampoos antissépticos. Se for de origem genética, o pet poderá ter uma vida normal e com bem-estar.
Sarna sarcóptica (escabiose)
O protocolo para tratar a escabiose no seu pet depende do que for indicado pelo médico-veterinário. Mas, geralmente, o tratamento consiste em utilizar medicamentos que visem matar os ácaros.
Ademais, é bom destacar que é necessário que o tutor tenha uma rotina de limpeza correta do ambiente, além de higienizar o pet e seus pertences para evitar ácaros.
Sarna otodécica
Para um tratamento eficaz contra a sarna otodécica, é recomendado a combinação de uma boa limpeza do ouvido do pet, juntamente com o uso de medicamentos acaricidas indicados por um médico-veterinário.
Sarna notoédrica (escabiose felina)
O tratamento da escabiose felina (sarna notoédrica) envolve o uso de antiparasitários e banhos com shampoos específicos no gatinho.
Além disso, é importante separar os animais infectados dos saudáveis e limpar o ambiente com produtos apropriados para eliminar os ácaros e evitar reinfestações.
O tempo de tratamento, assim como o protocolo, poderá variar conforme a análise do médico-veterinário. Vale destacar que todo esse processo precisa ser feito com cuidado pelo tutor, já que a escabiose felina é uma zoonose altamente contagiosa.
Como realizar a prevenção da sarna em cães e gatos
Higiene e cuidado com a saúde são fundamentais na hora de proteger o seu pet e a sua família contra a sarna. São pequenos cuidados no dia a dia que podem ajudar todos a terem uma vida melhor em casa:
Realize a correta higiene do ambiente
Os ácaros adoram ambientes sujos para se proliferar, por isso, limpe regularmente o ambiente em que o seu pet vive, incluindo caminhas, comedouros, bebedouros, brinquedos e cobertores. Ah, não se esqueça de sempre utilizar produtos próprios para cães e gatos, assim você evita possíveis irritações.
Mantenha os pets sempre limpos
Assim como o ambiente, os pets também precisam de uma higiene regular. No caso dos cães, banhos quinzenais ou mensais, além da escovação e tosa higiênica.
Para os gatos, a escovação semanal é essencial, assim como a limpeza quinzenal de seus ouvidos – o que também vale para os cachorros.
Porém, é válido lembrar que o intervalo entre os banhos – assim como a escovação – pode variar dependendo da pelagem e das necessidades dermatológicas do pet.
Aproveite e marque o banho e tosa do seu pet em uma das unidades da Petlove para ter um atendimento diferenciado e uma experiência incrível!
Proteja seu pet com antiparasitários
Converse com um médico-veterinário para que ele possa indicar o melhor antipulgas para o seu cão ou gato, pois algumas marcas possuem fórmulas que ajudam no combate e prevenção de ácaros causadores de sarnas.
Evite o contato com animais infectados
Tome muito cuidado ao passear com seu pet e até mesmo com outros animais com quem ele tem contato. Além disso, caso encontre um bichinho com sarna, evite tocá-lo ou só o toque se estiver devidamente protegido
Caso o seu pet frequente locais de banho e tosa, verifique se o local é de confiança e se possui medidas de higiene que evitem a disseminação de sarna e outras doenças.
Ajude a manter a saúde do pet sempre em dia
Oferecer uma alimentação de qualidade, realizar check-ups preventivos, manter as vacinas em dia e ir a consultas regulares no médico-veterinário ajuda o seu pet a ficar protegido contra problemas de saúde, o que auxilia para um sistema imunológico mais forte. Dessa forma, você consegue prevenir a sarna e outras doenças.
Converse com um médico-veterinário para entender se o seu cachorro ou gato tem sarna
É de extrema importância que você conserve com um médico-veterinário para que ele possa avaliar o caso do seu cão ou gato. Como vimos, há mais de um tipo de sarna e seus sintomas podem confundir, caso não haja uma avaliação profissional.
Portanto, converse com um médico-veterinário e, caso seja sarna, siga suas orientações de protocolo, além de se prevenir contra a doença e possíveis reinfestações.
Lembrando que não é indicado oferecer ou aplicar remédio para sarna sem a prescrição do médico-veterinário, pois isso poderá agravar ainda mais o quadro de saúde do seu pet!
Remédio para sarna: encontre os produtos que seu pet precisa com desconto na Petlove!
Se o seu pet está com sarna, saiba que você pode tratá-lo para ter uma vida plena, saudável e feliz novamente. Após uma consulta com um médico-veterinário, você poderá contar com a melhor opção de remédio para sarna na Petlove – tanto nas lojas online, quanto nas lojas físicas.
Agora que você já sabe como tratar sarna em cachorro e gato, além de como se prevenir dessa doença, aproveite e conheça nosso plano de saúde pet, a melhor e maior opção do Brasil, com toda infraestrutura necessária para te ajudar no tratamento de diversas doenças e manter o seu pet protegido!
Cuide do seu pet com quem mais entende de amor e saúde!
Plano de saúde Petlove.
Se tem pet, tem que ter!