A vacinação é uma das formas mais eficazes de proteger os cães desde os primeiros meses de vida. Entre as mais importantes está a vacina V10, fundamental para garantir a imunidade contra doenças graves e altamente contagiosas.
No entanto, após a aplicação, pode acontecer do filhote apresentar algumas mudanças no comportamento, como ficar mais quieto, ter sono excessivo ou até mesmo perder o apetite.
Em certos casos, também podem surgir reações leves como febre baixa, inchaço no local da aplicação e sensibilidade ao toque — efeitos que, embora comuns, costumam deixar os tutores apreensivos.
Neste conteúdo, você vai entender o que é a vacina V10, por que ela pode causar reações em filhotes, quais efeitos são considerados normais e quando é necessário procurar ajuda veterinária.
A proposta é te ajudar a diferenciar o que é esperado do que merece atenção, com informações claras, seguras e baseadas em orientação profissional.
O que é a vacina V10 e para que serve?
A vacina V10 é uma vacina múltipla, também conhecida como polivalente, indicada para proteger os cães contra dez doenças infecciosas diferentes, muitas delas graves e altamente contagiosas.
A imunização com a V10 é fundamental, sobretudo na fase de filhote, quando o sistema imunológico do cãozinho ainda está em formação e mais vulnerável a agentes patológicos.
Ela recebe esse nome porque reúne antígenos que estimulam a produção de anticorpos contra vírus e bactérias causadores de doenças sérias.
Ou seja, com uma única dose, o animal já começa a desenvolver proteção contra diversas ameaças comuns ao seu bem-estar.
A V10 faz parte do protocolo vacinal essencial recomendado por veterinários e previne as seguintes enfermidades:
- Cinomose;
- Parvovirose;
- Coronavirose;
- Hepatite infecciosa;
- Adenovirose;
- Parainfluenza;
- Leptospirose (protegendo contra quatro sorovares diferentes).
O protocolo de aplicação das vacinas V10 costuma começar por volta das 6 a 8 semanas de vida dos cães, com reforços mensais até completar o esquema inicial. Depois disso, a vacinação deve ser mantida com doses anuais de reforço, garantindo proteção contínua.
Qual a reação de vacina em cachorro?
A reação da vacina em cachorro, assim como nos felinos, tende a ser leve – isso quando acontece. E caso apareçam efeitos colaterais, significam que o corpo do animal está com uma dificuldade um pouco maior de lidar com as substâncias. No geral, os sinais mais comuns são:
- dor no corpo;
- dor e incômodo no local da aplicação;
- inchaço no local da aplicação;
- aumento da temperatura;
- sede;
- sonolência.
Primeiras vacinas e seus efeitos colaterais
Após as primeiras semanas de vida, os filhotes devem iniciar o protocolo de vacinação, que inclui as vacinas V8 ou V10 e a imunização obrigatória contra raiva.
Além delas, o veterinário pode recomendar vacinas complementares, como a de gripe canina, giárdia e leishmaniose, de acordo com o perfil e as necessidades do animal.
Existem reações da vacina V10 para cães?
A vacina polivalente, também conhecida como vacina múltipla, é aquela que previne doenças graves como a parvovirose, cinomose, leptospirose e hepatite. Os efeitos colaterais da vacina V10 são leves, isso quando acontecem, e vão de febre a desânimo e inchaço na região de aplicação.
A vacina V10 é obrigatória?
A vacina V10 não é obrigatória por lei, mas isso não diminui a importância da sua aplicação em cães. Afinal, trata-se de uma imunização altamente recomendada por médicos-veterinários e reconhecida como parte fundamental do calendário vacinal canino.
A não vacinação do cachorro pode levar à internação prolongada, sequelas neurológicas, complicações renais ou até mesmo à morte do animal, dependendo da doença envolvida.
Além da proteção individual, a vacinação também atua em benefício coletivo. Quando um número elevado de cães está imunizado, o risco de circulação dos agentes infecciosos diminui significativamente.
Isso ajuda a proteger inclusive os animais que, por razões de saúde, não podem receber vacinas — um mecanismo conhecido como imunidade de rebanho.
Em outras palavras, mesmo sem ser exigida legalmente, a vacina V10 deve ser considerada indispensável para a saúde, a segurança e o bem-estar do seu pet.
Por que os filhotes podem ter reação à vacina V10?
Quando um filhote recebe a vacina V10, seu organismo entra em um processo de simulação controlada de defesa.
A fórmula da vacina contém vírus e bactérias inativados ou enfraquecidos, ou seja, microrganismos que não têm capacidade de causar a doença, mas que servem como sinal de alerta para o sistema imunológico.
Esse “alerta” faz com que o corpo do cãozinho reconheça os agentes como ameaças e inicie a produção de anticorpos específicos.
Dessa forma, se o animal for exposto de fato a esses patógenos no futuro, já estará preparado para combatê-los com mais rapidez e eficiência.
Para potencializar essa resposta, a vacina inclui também adjuvantes, substâncias que estimulam o sistema imune a reagir com mais intensidade.
O conjunto desse processo pode gerar algumas reações leves e temporárias, como sonolência, febre baixa ou sensibilidade no local da aplicação. Esses sinais indicam que o organismo está respondendo à vacina como esperado.
Nos filhotes, essas reações tendem a ser mais comuns por dois motivos principais:
- O sistema imunológico ainda está em desenvolvimento, o que torna a resposta vacinal menos equilibrada;
- O organismo é mais sensível a estímulos externos, o que aumenta a chance de manifestações clínicas mesmo frente a vacinas seguras e amplamente utilizadas.
Quais são os efeitos colaterais esperados da vacina V10 em filhotes?
De acordo com o Hospital Veterinário Público de Brasília (Hvep), os efeitos colaterais mais frequentes incluem febre, inchaço no local da aplicação, dor local por até 48 horas, polidipsia e letargia.
A instituição destaca que essas manifestações são comuns e geralmente autolimitadas. Caso persistam por mais de 48 horas, é recomendado buscar orientação veterinária.
Eles representam uma resposta normal do organismo ao estímulo imunológico, e não significam que algo deu errado. Abaixo, explicamos detalhadamente os efeitos colaterais mais frequentes — e por que eles acontecem:
Sonolência ou cansaço
É normal que o filhote fique mais quieto ou durma mais nas horas seguintes à vacinação. Isso ocorre porque o sistema imunológico está em plena atividade, e o organismo prioriza energia para produzir anticorpos.
Assim como em humanos, esse “baque” imunológico pode causar uma sensação de indisposição passageira.
Febre leve
A temperatura corporal pode subir levemente, geralmente sem ultrapassar 39,5 °C. Essa febre fisiológica é uma consequência da ativação imunológica e costuma passar sem necessidade de intervenção.
Ainda assim, é importante garantir que o filhote continue ativo, bem hidratado e confortável, monitorando a temperatura corporal sempre que possível.
Dor ou sensibilidade no local da aplicação
O local onde a injeção foi aplicada pode ficar dolorido ao toque. Em alguns casos, o tutor percebe que o filhote evita ser segurado ou tocado nas costas. Isso é causado por um processo inflamatório leve e autolimitado, que se resolve em 24 a 48 horas.
O inchaço discreto na região também pode ocorrer — é uma reação local esperada à aplicação subcutânea.
Ardência e sede excessiva
Alguns filhotes demonstram certo incômodo no momento da aplicação, que pode se manifestar como ardência.
Além disso, é possível que o pet apresente sede em excesso (polidipsia) nas horas seguintes. Essas reações também são consideradas normais e tendem a regredir rapidamente.
Letargia e perda de apetite
A sensação de desânimo — chamada de letargia — é uma das reações comportamentais mais comuns. O filhote pode ficar menos ativo, com olhar parado e pouco interesse por comida e interações.
Essa condição não é motivo de alarme imediato, desde que o quadro se resolva em até 48 horas.
Quando a reação da vacina V10 exige atenção?
Embora a maioria dos filhotes reaja de forma leve e passageira à vacina V10, é essencial que o tutor saiba reconhecer os sinais de alerta, pois algumas reações adversas, apesar de raras, podem indicar um quadro mais sério.
A seguir, destacamos os principais sinais que não devem ser ignorados:
Inchaço no rosto, olhos ou focinho
O inchaço repentino e visível na cabeça, ao redor dos olhos ou no focinho pode indicar uma reação alérgica sistêmica. Quando esse edema compromete a respiração ou causa desconforto acentuado, trata-se de uma emergência.
Dificuldade para respirar
Respiração acelerada, com esforço ou sons incomuns (roncos, chiados) podem indicar que o pet está desenvolvendo um quadro de anafilaxia — uma reação alérgica grave que pode levar ao colapso circulatório.
Vômitos e diarreia intensos
Um ou dois episódios de vômito isolado podem ocorrer, mas se forem repetidos, acompanhados de fezes líquidas ou com sangue, é sinal de que o organismo está reagindo de forma anormal.
Em filhotes, principalmente, a desidratação pode se instalar rapidamente, agravando o quadro. O que demanda uma ação rápida do tutor para procurar auxílio veterinário.
Tremores, convulsões ou perda de consciência
Esses sintomas neurológicos são raros, mas indicam risco elevado. Tremores involuntários, rigidez muscular, desmaios ou confusão mental exigem atendimento emergencial, pois podem ser reflexo de uma resposta imunológica exacerbada.
Letargia prolongada ou comportamento apático por mais de 48h
É esperado que o pet fique mais quieto nas primeiras horas, mas se ele não demonstra melhora após dois dias, ou se parece cada vez mais abatido, isso já ultrapassa os limites de uma reação normal.
Importante!
Em qualquer uma dessas situações, o tutor deve procurar um médico-veterinário imediatamente. A rapidez no atendimento pode evitar complicações graves e até salvar a vida do animal.
Além disso, nunca medique o pet por conta própria. Antialérgicos, corticoides ou anti-inflamatórios só devem ser usados com prescrição profissional, pois o uso incorreto pode mascarar sintomas e atrasar o diagnóstico correto.
O que fazer após a vacina V10?
Depois de vacinar o filhote, alguns cuidados simples ajudam a minimizar possíveis desconfortos:
- Deixe o pet descansar — evite passeios ou brincadeiras agitadas nas 24h seguintes.
- Ofereça água fresca à vontade.
- Sirva alimentos leves e fáceis de digerir.
- Evite massagear ou ficar apertando o local da aplicação.
- É indicado evitar pegar o filhote no colo com frequência, especialmente se ele demonstrar incômodo.
- Monitore a temperatura e o comportamento por pelo menos 48h.
Se tiver dúvidas ou perceber que os sintomas estão se intensificando, entre em contato com o veterinário que aplicou a vacina.
Mesmo com reações, não deixe de vacinar o seu cão!
É natural se preocupar com possíveis reações, mas os riscos de não vacinar são muito maiores. Sem a proteção da V10, o filhote fica vulnerável a doenças altamente perigosas e de fácil contágio.
Manter a carteira de vacinação atualizada é um dos principais cuidados de um tutor responsável e amoroso.
Quer saber qual é o cronograma ideal para vacinar seu cão desde filhote? Veja o infográfico completo com o calendário de vacinação para cães:
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